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Por hoje


Não se chateie por hoje Não pense na escuridão Das nuvens do verão Nem se esqueça da torre Não cante fino Não sussurre a fios Não te escondas dos planos Nem se enfie nos panos Não olhe baixo Não esteja a altura Não cale o faixo Nem negue ternura Não invente desculpas Não deixe pra outrora Não fique oculta Nem falhe a memória Não iluda alguém Não finjas refém Não olhe aquém Nem da luta abstém Não diga que amas Não quando sente o oposto Não se faça de bobo Nem jogue damas Não olhe de lado Não jogue aos dados Nem dadas as circunstâncias Siga os ditados Não vá pela maré Não viva em combate Não justifique a fé Nem por ela mate Não empurre com a barriga Não se leve tão a sério Não apoie o que vinga Nem cometa adultério Não seja ilustre Não pare como um lustre Não fique estático Nem seja como o ártico Não seja frio Não esquente a cabeça Não nade no rio Do vazio e da incerteza. Não faça x Não faça z Não seja aquele Que nunca diz O que se deve dizer. Não se demore a perdoar Não negue uma mão Não ouse falar Daquele que nem tem o pão Não julgue Não jogue Não sulgue Não foge Por hoje Escuta o acorde Sinta o tom frutado O dó rimado E engole.


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