top of page
  • Black Facebook Icon
  • Black Instagram Icon
  • Black Twitter Icon
Buscar

Contemporâneo

  • Foto do escritor: Marina Ruperto
    Marina Ruperto
  • 14 de set. de 2018
  • 2 min de leitura

Parte I: O Caos

Desce a encosta Cinco passos à frente Vou adiante Paro, perco Três passos atrás Eu olhei o horizonte Acabei esquecendo Das pedras que cortam Corais que invadem A maré enche Areia some Sol se põe Lua sorri Efemeridade Ferrugem Cor do sangue Travessia rosa-anil Cinco sentidos O primeiro passo à frente pela busca O segundo pela novidade O terceiro pelo despertar O quarto pela sintonia O quinto para eternizar O mesmo barco de ida É o da volta A pegada ao contrário Na areia O primeiro passo atrás pelo destino irremediável O segundo pela auto-destruição O terceiro para a redenção Eu paro, vejo Tenho dois passos à frente Ainda? O saldo é positivo Pela certeza da lembrança Pelo gosto do mistério E no fim Eu continuo no mesmo Ponto de partida O barco, o cais O caos.

………

Parte II: Da Tempestade à Calmaria

Intensidade é minha Na bolsa, no bolso Dentro de algo Que queima, fura De romper tudo Tu é brisa Eu o vento Tu o pingo Eu trovão Nem os mil quilômetros Nem os meses corridos Festas, feriados, férias, fé As boas novas vestidas pra sair Nem aquela timidez de sentir

Tira a verdade do bolso Dá a bolsa, sai comigo Queime a pele, deixe doer Fique na sombra, deixe doer A dor será igual Não tiro sua venda Tire a si próprio Quem sabe assim Possa encarar-se

……….

Parte III: A Luz

Vagalumes no horizonte Vestidos de postes Piscam, rodam Formam o desenho Da cidade de lá. Quantos quilômetros São necessários Para ver Nada além de ondas? Eletromagnetismo Conversão de energia Nada se cria Tudo se transforma. Eu vi todos os três estágios O animal, o inseto O objeto, a matéria A onda, a energia. Ainda que a faísca A fonte geradora Seja mais importante A mais potente Nada lhe basta Nada além da Verdadeira razão O ar: Processos mentais Comunicação Expansão E no fim

Gratidão.

.............

Parte IV: A Cidade

Se eu for essa cidade

E cada esquina uma veia

Venha

Eu coloquei o Farol

Você acendeu a lâmpada

Tu construíste o poste

Ele limpou a calçada

Elas puxaram os fios

Nós erguemos a lua

Sem nos darmos conta

Que nas quinas e pontas afiadas

Foram as lixas o luxo

Dinheiro é papel

Conserto ou concerto?

O s ou o c

É a sintaxe de um amor que não tem regra.


 
 
 

Posts recentes

Ver tudo
Não perca as últimas atualizações

Marina Ruperto Mallosto das Chagas

Médica  amante da arte e filosofia;

Libriana do riso frouxo  e cabeça nas nuvens. 

Em alto mar é mais do que um lugar, uma ideia ou uma forma de viver.

É  a busca, o renascer, o sentido e o sentimento.

  • Grey Facebook Icon
  • Grey Instagram Icon
  • Grey Twitter Icon
bottom of page