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Relacionamento e a arte de dividir para multiplicar

  • Foto do escritor: Marina Ruperto
    Marina Ruperto
  • 6 de nov. de 2017
  • 3 min de leitura

[Relacionar-se não é abrir mão, é agregar. Quem deixa de viver por estar em um relacionamento se frusta, porque perde a individualidade...]

Relacionamento é muito louco. Conhecemos uma pessoa. Ela já vem com uma bagagem do que ela foi e do que ela é. A partir daí, a gente começa a viver uma vida compartilhada. Acaba se conhecendo cada dia mais, e também, introjetando um pouco da nossa personalidade um no outro. Os anos passam e vemos que nunca conhecemos nosso parceiro completamente, porque as mudanças são constantes. Passa em um vestibular, faz uma faculdade, trabalha, projeta um futuro, muda de planos. A gente começa a perceber que não importa o tempo, mas sim aquilo que se oferece e o quanto nos permitimos compartilhar. Amadurece, muda, cresce e quando vê não tem nada mais a ver com aquela pessoa que éramos. Percebemos então, que amamos cada dia mais alguém que não é um ideal daquilo que planejamos, mas sim, um ser humano com falhas e vitórias como as nossas. E o mais bonito disso tudo é se encantar de existir uma pessoa que, apesar de todas as adversidades, olha para dentro de nós, que não só nos ouve, mas nos decodifica. Algumas pessoas vivem se perguntando: O que fazer para ter um relacionamento duradouro? Como saber se estamos fazendo o certo em continuar com alguém? Como manter um relacionamento saudável? E algumas outras como eu, propõe-se a responder essas questões... O primeiro passo é reconhecer que não há regras, como bem eu já falei em outro texto do blog. O que existe são leis de boa convivência e bom senso. O resto é livre, como tinta e pincel na mão de um artista. Nenhum relacionamento é igual a outro e nem deve seguir um padrão. Existem licenças poéticas. Elas dão um charme e explicam o porquê não podemos generalizar, compreendendo que somos únicos e inexatos. Relacionar-se não é abrir mão, é agregar. Quem deixa de viver por estar em um relacionamento se frusta, porque perde a individualidade. Esta é uma das características que julgo ser mais importante para um namoro/casamento saudável. Bom é estar com alguém, mas saber que existe um espaço só seu também, onde aquela pessoa respeita seus limites. Quando a gente percebe que estamos felizes com nós mesmos, compreendemos que é muito mais fácil nos conectar com alguém sem barreiras e sem medo. Quanto mais honestos com nossos sentimentos nós formos, mais próximos ficamos de um relacionamento saudável. Porém não é bom que haja um distanciamento grande também, pois gera descompasso e assintonia. Quando em uma música, a melodia atrasa e a letra continua, o que antes era música torna-se um barulho. E barulho incomoda, assim como um relacionamento sem pessoas que caminham juntas. No entanto, precisamos reconhecer quando não há como insistir. Nem sempre o melhor caminho é tentar incansavelmente. Algumas vezes a gente tem que parar para analisar mais racionalmente nossos sentimentos e anseios para compreender o momento que estamos vivendo. Desistir não é ser fraco, mas entender que a válvula de escape precisa ser usada para evitar explosões. A explosão é uma consequência de um relacionamento degradante. Esse se desenvolve como uma panela de pressão. Brigas e desentendimentos aumentam progressivamente e se não se faz nada a respeito, a explosão acontece. Nessas horas nascem os bordões "pior do que meu/minha ex", "prefiro distância"... Triste é que depois ninguém consegue se recordar dos bons momentos vividos, porque a explosão devasta tudo, até a dignidade. Muitas vezes a dignidade fica por um fio em uma briga. Porém ela também tem uma grande capacidade de se regenerar, como rabo de lagartixa. Com humildade e bom senso, a gente consegue consertar muitas palavras desnecessárias cuspidas durante uma discussão. Sabendo que dar o primeiro passo, não importa de quem seja, é o mais importante. Abrir mão da vaidade e do egoísmo é preciso. Para enxergar que talvez você nunca compreenda o porquê de um pedido de desculpas, mas o fazer para consertar uma situação. Estar certo ou estar errado fica irrelevante, porque às vezes o que se precisa é apenas respirar fundo e calar. E sonhar juntos! Abraçar causas, valorizar conquistas e incentivar, sem buscar nada além da felicidade alheia. Pra gente não SE apoiar, mas apoiar um ao outro! Para a gente não criar expectativas, mas para que elas se criem por si mesmas, como consequência de duas pessoas que escolheram ter um elo de crescimento e não de dependência. Elo que não importa o quanto dure, mas que seja eterno enquanto existir.


 
 
 

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Marina Ruperto Mallosto das Chagas

Médica  amante da arte e filosofia;

Libriana do riso frouxo  e cabeça nas nuvens. 

Em alto mar é mais do que um lugar, uma ideia ou uma forma de viver.

É  a busca, o renascer, o sentido e o sentimento.

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