IN-JUS-TI-ÇA
- Marina Ruperto
- 13 de jun. de 2017
- 1 min de leitura

Por que as pessoas relativizam o sofrimento alheio?
Quem sofre “mais” merece voz.
Quem sofre menos não merece piedade; é descartável.
Todos os dias clamam por justiça, porém julgam sem se informar.
O ódio é um conjunto de vozes esparsas gritando murmúrios sem sentido.
O respeito apenas é necessário quando acompanhado de uma pitada de interesse pessoal.
Os desaforos são cuspes que multiplicam a hipocrisia.
A procura por falhas é ávida, enquanto as justificativas plausíveis ficam escondidas na moita.
Não há reflexão.
Há imposição e aceitação!
Somos exércitos regidos por leis sem sentido.
Nossas críticas estão vazias.
Vagamos como um grão de areia em um oceano de ignorância.
O âmago da alma fica mais distante.
E o discernimento se esvai
O vento leva como areia fina.