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Amizade, rótulos criados e embalagens nem sempre preenchidas

  • Foto do escritor: Marina Ruperto
    Marina Ruperto
  • 10 de mar. de 2017
  • 2 min de leitura

Nós criamos caixinhas mentais todos os dias para encaixar as pessoas ao nosso redor. Rotulamos todas com a intenção de compreender melhor ou pelo menos classificar cada uma à nossa maneira.

E eu entendi com o tempo que isso não passa de uma maneira superficial que encontramos de separar as pessoas com quem criamos uma afinidade transitória, daquelas com quem não criamos nenhuma afinidade. De resto, isso não passa de uma perda de tempo. Calma, vou explicar o porquê

Quantas vezes criamos uma primeira impressão de alguém que é totalmente diferente daquela que criamos novamente após conhecê-la de fato? Conhecer alguém é um processo muito lento, por isso os amigos de longa data são aqueles com quem geralmente temos um laço mais forte, pois já conhecemos bem a pessoa e vive-versa. E sempre rola aquele momento em que vocês se entreolham e cada um já sabe o que o outro está pensando. Nem toda pessoa que gosta de hambúrguer vai ser minha amiga porque eu também gosto de hambúrguer. Logo, eu afirmo que não são nossos gostos que mantem nossas amizades. O que realmente liga uma pessoa à outra são suas prioridades da vida... Todos os meus amigos valorizam muito a família, todos são pessoas que podem conversar sobre qualquer coisa, todos tem um coração enorme, etc... Essas características nos aproximam e não o fato de termos gostos iguais para músicas, filmes, livros, etc. Eu não sou uma pessoa de muitos amigos, tenho meus bons e deles eu não largo. Cada um é de um jeito e me ensina algo diferente. A questão da afinidade está na alma, entende? Eu gosto de gente sincera, de sorriso fácil, sem muito mistério. Não sou chegada em gente que fala demais, sempre olhando por cima e ouve pouco. Não gosto de ouvir papo raso toda hora. Gosto de pessoas que tem coragem de dizer o que pensam e que defendem as coisas certas. Não gosto de aparência, de maquiagem na alma. Um pó no rosto ajuda, mas um pó na alma seca. Seca, quebra, perde a vida. Bom é gente que se expõe ao ridículo e ri de si mesmo, que pode até ser ridículo às vezes, mas sabe manter a pose quando precisa. Bom é gente que não se importa com rótulos, que fecha em qualquer rolê, que bebe bebida barata ou bebida cara. Gente que não vive de preconceito. Bom é cultivar pessoas cheias de personalidade, que não se preocupam com vaidades desnecessárias, que mostram seu lado fraco e dividem suas mazelas. Ruim é ter que fingir e fugir dos problemas, ruim é ter que se encaixar sem caber. Bom é não cobrar amizade e ela só fortalecer a partir de um desejo mútuo de duas almas em se completarem, por terem sede de se aprofundar uma na outra. Amizade é isso.


 
 
 

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Marina Ruperto Mallosto das Chagas

Médica  amante da arte e filosofia;

Libriana do riso frouxo  e cabeça nas nuvens. 

Em alto mar é mais do que um lugar, uma ideia ou uma forma de viver.

É  a busca, o renascer, o sentido e o sentimento.

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