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A importância do nosso modo de expressão e a impressão que criamos de nós mesmos em outras pessoas


A gente percebe que mudou quando não nos desgastamos mais com aquilo que nos magoava, quando a gente prefere simplesmente evitar situações que já sabemos aonde vão nos levar, quando nossos gostos mudam, quando nossa paz vale muito mais do que algo que tira nosso equilíbrio e por aí vai...

Passamos a perceber que algumas pessoas apenas nos oferecem uma dose de insensibilidade, porque é isso que elas têm para oferecer. E paramos para perceber que nem sempre a atitude da pessoa revela o que ela sente e é, mas sim, uma mistura de comportamentos ditados pelo ambiente em que ela está, suas companhias, seu humor no momento e a forma como ela consegue se expressar. Seria tão mais fácil se a gente simplesmente só dissesse o que deveria ser dito, não é? Pelo menos evitaríamos a maioria dos desentendimentos e dos aborrecimentos que criamos ao falarmos o que não é necessário.

Existem algumas pessoas que gosto de coração e com quem tenho uma convivência, muitas vezes, desarmônica. O resultado quase sempre é que tenho de ceder quando estou na presença delas, ou seja, simplesmente respirar fundo e ignorar. Pois a distância que separa nosso modo de pensar e agir das pessoas que a gente gosta pode ser tão grande a ponto de semear um sentimento ruim por essa pessoa. Nesse momento, temos que ter um equilíbrio emocional pra simplesmente "let it go" e saber que nem todos vão ter os mesmos processos mentais e nem as mesmas capacidades e habilidades que nós.

Talvez alcançar a "paz de espírito" seja algo relacionado à inteligência emocional de não gastar energia com o que é desnecessário e concentrar energia naquilo que realmente tem relevância pra você e para quem está a sua volta. Imagina se em frações de segundo nós racionássemos: devo falar isso? Vai magoar alguém? É importante? Pode ajudar alguém? Pode ser produtivo?

Seria legal se as pessoas pensassem mais em como elas se expressam e se é isso que realmente elas querem dizer para o mundo. Falo por mim, quando estou estressada ou impaciente por alguma razão, ajo de maneira explosiva e passo a dizer aquilo que, após um segundo dito, vejo que foi desnecessário. Quem nunca?

Tem uma frase de uma música conhecida do Beto Guedes que diz: a lição sabemos de cor, só nos resta aprender. A gente sabe o que devemos ou não fazer/falar, porém a impulsividade acompanhada de outros sentimentos ruins nos levam a agir de modo errado. Não digo, no entanto, que devamos passar o dia nos controlando a cada atitude que tomarmos. Evidentemente nós só conseguiremos mudar nossa forma de encarar as situações com o tempo e a prática (que clichê, né? Algo nessa vida dispensa tempo e prática?).

E quanto mais formos compreensivos com as pessoas, entendendo o modo que elas nos tratam, etc, mais conseguiremos compreender o processo como um todo. Experimente tratar alguém surpreendentemente bem após essa pessoa te insultar. Veja a reação dela. Já adianto: ela perderá toda a razão, se arrependerá em poucos segundos. E isto é somente um exemplo...

Não irei me delongar aqui, afinal poderia passar um dia inteiro divagando sobre isso. Apenas pense: você está sendo verdadeiro consigo mesmo em seu modo de se expressar? Você é esta pessoa que todos vêem?


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