Sejam bem-vindos
- Marina Ruperto
- 11 de dez. de 2016
- 1 min de leitura

Tem pessoas que nascem com o dom da palavra, outras que estudam anos para se especializar na arte da escrita. Meu intuito é humildemente escrever algumas interpretações que faço da vida e daquilo que minha percepção alcança.
Desde poucos anos, a possibilidade da leitura me seduziu. Em contrapartida, minha alfabetização foi custosa. Como dizem que há uma linha tênue entre o amor e o ódio, o resultado foi que me encantei pela escrita.
Não posso esconder que ando afastada dos livros literários, talvez porque os didáticos vivem ao meu lado. Porém sinto falta de me deixar levar por um bom livro. Na casa do meu avô no meio da Zona da Mata (MG), li a maior parte dos meus livros. Digo isso com muito orgulho, pois não há paisagem mais bela para tal fim. Entre uma página e outra, da janela, posso me deslumbrar com uma serra. E isso sempre foi natural pra mim, no entanto aqui e agora escrevendo essas palavras, me soou poético. Talvez eu não me desse conta antes: a simplicidade daquele lugar me inspira.
A idade nos faz perceber a realidade de forma distinta. A sabedoria deve estar ligada à idade mesmo. Quanto mais velhos ficamos, mais temos tempo para analisar nossa história e às vezes conseguimos captar algo que no momento se passou despercebido.
Hoje eu vejo que realmente gosto de escrever. Gosto de verdade, igual criança gosta de doce e bebê de colo de mãe. Escrever me faz bem. Poder colocar tantas palavrinhas que pairam na minha mente impressas em um papel (ou melhor, digitadas em uma tela) me parece adequado.